A população agora conta com mais uma ferramenta na busca por justiça: é o GAVcrime, Grupo de Apoio às Vítimas de Crime, apresentado à sociedade nesta quinta-feira, 22 de fevereiro. De acordo com a promotora de Justiça Marluce Falcão, a iniciativa busca humanizar o atendimento às vítimas de crimes e catástrofes por meio da construção de uma rede multidisciplinar.

“O GAVcrime atende a uma resolução do Conselho Nacional que incentiva Ministérios Públicos de todo o Brasil a trabalharem no acolhimento às vítimas de crimes. Nesse sentido, o GAVcrime é tão importante, pois, por meio dele, iremos oferecer apoio operacional aos promotores de Justiça da área criminal, bem como às pessoas vítimas de crimes e catástrofes”, destacou.

O atendimento do GAVcrime será de forma presencial, das 7h30 às 13h30, no Centro de Apoio Operacional do MP (Caop), que fica localizado no bairro Farol; e no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, que fica no Barro Duro, de 14h às 19h.

A população também pode buscar atendimento virtual por meio do aplicativo “Ouvidoria MPAL”, disponível para qualquer smartphone.

Solenidade

O lançamento do GAVcrime contou com a participação virtual da promotora de Justiça do MP do Pará Juliana Félix, que falou sobre a necessidade de esforços por parte do Ministério Público na busca por uma relação mais próxima com a população. “É preciso olhar para o indivíduo como um todo para que, dessa forma, a sociedade se sinta acolhida pelo Ministério Público”, afirmou.

Quem também participou do evento foi o subprocurador da Justiça Militar Marcelo Weitzel, que parabenizou o MPAL pela iniciativa. “Essa aproximação com a sociedade é essencial. A vítima deixa de ser uma estatística para ser tratada como deve ser: um ser humano. Ela vai ter a oportunidade de ser ouvida, de ser acolhida”, pontuou.

Atuação em rede

Para o procurador-geral de Justiça em exercício, Lean Araújo, a formação de uma rede entre instituições diversas é essencial para o sucesso do GAVcrime. “Temos aqui hoje a presença da Polícia Militar e da Polícia Civil, que são fundamentais nesse processo. Mas temos também que estimular a ampliação dessa rede, incluindo, por exemplo, a academia”, declarou.

Durante o evento, o procurador de Justiça Eduardo Tavares aproveitou para falar sobre seu trabalho à frente da Ouvidoria do MPAL. “O órgão tem atuado para promover o acolhimento da população e, junto ao GAVcrime, tenho certeza que nosso trabalho só tende a crescer no apoio a essas vítimas”, finalizou.

Equipe

Fazem parte da equipe do GAVcrime as promotoras de Justiça Marluce Falcão, que é coordenadora do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos e Apoio às Vítimas; promotora de Justiça Silvana de Almeida Abreu, com atuação na área criminal; promotora de Justiça Hylza Paiva Torres de Torres, coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher; e promotora de Justiça Mirya Tavares Pinto Cardoso Ferro, que, além de atuar na área criminal, é coordenadora do Núcleo de Combate à Criminalidade.

Imagens: Anderson Macena