O promotor de Justiça Sílvio Azevedo, representante de acusação do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) no caso do assassinato do advogado Marcos André de Deus Félix, ocorrido em março de 2014, na Praia do Francês, em Marechal Deodoro, esperava atuar no júri programado para esta quinta-feira (29), o que não ocorreu, mas se disse tranquilo em relação às provas já adquiridas contra Juarez Tenório da Silva Júnior, o terceiro réu a ser julgado. Por falta de jurado, o júri foi remarcado para o dia 14 de dezembro no Fórum daquela cidade.

Silvio Azevedo foi surpreendido com a suspensão, mas explicou o que de fato ocorreu. “O motivo do adiamento se deu porque no sorteio dos jurados, algumas pessoas se declaravam suspeitas porque tinham algum tipo de aproximação com o réu ou com a família dele. Ao final do sorteio, não tivemos o mínimo legal para compor o Conselho de Sentença, então o juiz decidiu dissolver o conselho e remarcar a próxima sessão para a primeira quinzena de dezembro.’, declara o promotor.

Sobre as perspectivas do júri, o promotor Sílvio Azevedo foi bem claro em relação ao que o Ministério Público espera.

“Diante das provas dos autos as nossas perspectivas são muito boas, temos várias provas que convergem à condenação do acusado. Ele era a pessoa que dirigia o carro que levou os executores materiais ao local, mas também tem participação anterior na negociação de valores com a mandante do crime”, ressalta o representante do MPE/AL.

O advogado , que auxiliará o promotor como assistente de acusação, também fez avaliação sobre a suspensão do juri.

“A expectativa nossa, no caso eu coimo advogado da família, era que o réu hoje fosse julgado e condenado por homicidio duplamente qualificado. Mas, para nós foi surpresa um jovem de apenas 20 anos ter pessoas mais velhas sorteadas para o juri se dizendo conhecidas dele. Na verdade acreditamos que foi uma estratégia para não participar do júri”, afirma o advogado

Familiares da vítima, entre elas a irmã Manuela Félix, estiveram no Fórum. Ela será ouvida como testemunha e também falou do sentimento no momento.

“Estávamos aguardando, inclusive eu estava na sala esperando para depor. Mas, vamos aguardar o próximo julgamento e a família acredita que a justiça será feita e ele condenado à pena máxima, porque nada vai trazer o meu irmão de volta. Mas, o julgamento mais aguardado por nós, é o da Joana Daris, ela é a maior assassina foi quem planejou tudo e fez o plano ser executado”, declara Manuela.

Novo Prazo

Assim que anunciou o novo juri para o dia 14 de dezembro, o juiz Helestron Silva da Costa fez o sorteio dos novos jurados, na presença do promotor e assistente de acusação, bem como da defesa de Juarez Tenório Júnior.

Os acusados da autoria material, Álvaro Douglas dos Santos e Elivaldo Francisco da Silva foram condenados, respectivamente, a 18 e 21 anos de prisão em agosto passado. Eles teriam recebido R$ 2 mil para matar o advogado.