A Corregedoria-Geral do Ministério Público Estadual promoveu nesta quinta-feira a primeira audiência por teleconferência da história do MP em Alagoas. O corregedor Antiógenes Marques de Lira comandou a oitiva com uma testemunha de uma sindicância que está morando nos Estados Unidos. O processo corre em sigilo e os dados sobre o investigado e o caso não podem ser informados. A CGMP utilizou o programa Skype, pela Internet. A audiência durou cerca de uma hora e foi considerada um sucesso. Não se têm informações de que uma outra corregedoria no Brasil tenha utilizado deste dispositivo para realizar sindicâncias.

A ideia surgiu a partir do momento em que se percebeu a necessidade de agilizar o andamento da sindicância. Em outros tempos, seria necessário custear uma viagem ou utilização de meios diplomáticos e judiciais exclusivamente para oitiva. Antiógenes Marques de Lira acredita que aos poucos a ferramenta se tornará cada vez mais usual nos procedimentos dos agentes ministeriais, inclusive em audiências nos municípios e em outros estados. “Ganhamos tempo e economizamos recursos públicos”, analisou.

De acordo com o corregedor, o bom uso da tecnologia é essencial para o funcionamento da estrutura do Ministério Público. “A teleconferência é cada vez mais utilizada por empresas para redução de custos. O serviço público agora passa a utilizar esse tipo de sessão de comunicação em vídeo realizada entre duas ou mais pessoas que se encontram geograficamente separadas”, afirmou o corregedor, que relembrou que como procurador de Justiça disponibiliza seus pareceres em meio virtual.

Segundo o corregedor, a ação foi fruto de um trabalho em parceria com o procurador-geral de Justiça, Eduardo Tavares, que possibilitou a cessão dos servidores da área de Informática para instalação dos equipamentos que permitiram o uso do Skype. Para o desenvolvimento da videoconferência foi necessário o uso de câmeras de vídeo e um televisor, além de computadores ligados a internet. “A Corregedoria está irmanada com a Procuradoria-Geral no sentido de prestar cada vez mais um bom serviço público ao cidadão”, assegurou. A promotora de Justiça Silvana Abreu, integrante da CGMP, também participou da audiência.

O diretor de Informática do MPE, Marcel Vasconcelos, explicou que o procedimento foi desenvolvido a partir da criação de uma conta da PGJ no Skype por parte da equipe de TI. Em seguida, preparada a conexão com a testemunha que estava nos EUA. “Tivemos um excelente resultado, pois com a nossa Internet mais rápida conseguimos estabelecer a conexão sem nenhum tipo de ruído”, assegurou.