O Ministério Público do Estado de Alagoas pediu a interdição de prédio do antigo banco Produban, localizado no Centro de Maceió, onde funcionam, atualmente, salas de vários órgãos do governo do Estado e um posto de atendimento Já. A solicitação aconteceu depois de uma reunião onde o Corpo de Bombeiros Militar afirmou que o imóvel não tem projeto contra pânico e de combate a incêndio em quase todos os seus andares, com exceção do térreo.

Divisórias para salas, corrimãos e para-raios instalados de formas inadequadas, escadas de emergência em más condições, portas para saídas de emergências bloqueadas, hidrantes quebrados e com mangueiras vencidas, bomba de pressurização com rede elétrica apresentando alteração. Esses foram apenas alguns dos problemas apontados pelo Corpo de Bombeiros depois de uma vistoria realizada na última segunda-feira (17) no prédio do Produban, antigo banco do estado de Alagoas. Dos oito andares do edifício, sete, a partir do 1º piso, deverão ser interditados a qualquer momento. Isso foi o que pediu o promotor de Justiça Jamyl Gonçalves Barbosa, titular da Promotoria da Fazenda Pública Estadual.

“Fomos provocados pelas entidades que congregam os servidores da Secretaria de Estado da Fazenda, que, através de uma representação, denunciou a precária infraestrutura do prédio. Então, na última sexta-feira (13), pedimos para que os bombeiros fizessem uma avaliação do local, informassem-nos sobre as condições no imóvel e, ontem (terça-feira), fomos alertados que elas são bastante negativas. Diante de tal constatação, que foi mostrada igualmente para os representantes de todos os órgãos que estão lá abrigados, recomendamos a evacuação imediata do edifício”, explicou Jamyl Gonçalves Barbosa.

De acordo com o promotor de Justiça, somente o andar térreo não será interditado. “Esse é o piso onde está funcionando o posto de atendimento Já que ofertas serviços de órgãos como a Casal, Ceal e Detran/AL. Os bombeiros permitiram a continuidade deles e não apontou risco no local. Entretanto, os demais andares deverão ser desocupados o mais rápido possível. Neles, existem salas ocupadas pela Sefaz, Corregedoria da Polícia Militar, Uncisal e Segesp”, detalhou.

Caberá ao Corpo de Bombeiros estabelecer a data para a interdição do imóvel. “Optamos por essa recomendamos porque estamos preocupados com a integridade física dos trabalhadores e, por isso, defendemos que o Estado faça uma reforma emergencial no prédio e o adeque às condições de segurança recomendadas pelos bombeiros”, disse o promotor Jamyl Gonçalves Barbosa.