O Ministério Público Estadual (MPE) em parceria com o Juizado da Infância e da Juventude, Secretaria de Defesa Social e Superintendência de medidas socioeducativas promoveram a visita de 26 jovens da Unidade de Internação Masculina de Extensão II (Uime), que cumprem medidas socioeducativas, a Feira de Profissões do Senai que acontece no bairro do Poço, na manhã desta sexta-feira (22).

Em meio aos stands espalhados pelo prédio do Senai, os 26 adolescentes da Uime puderam conhecer de perto as mais variadas atuações de cursos como de Eletrônica, Informática, Refrigeração, Solda, Segurança, Artes Gráficas e outros. Essa experiência só foi possível em virtude da iniciativa do promotor de Justiça Rogério Paranhos, da 12ª Promotoria de Justiça da Capital, que apura atos infracionais e irregularidades praticadas por entidades de atendimento à infância e à juventude.

Os adolescentes que se identificarem com algum curso profissionalizante podem se inscrever a fim de se qualificarem para o mercado de trabalho. Mas segundo a gerente de Egresso da Uime, Kedma Bento, a maioria dos internos não tem o Ensino Médio ou Fundamental completos, que são pré-requisitos do Senai para começar os cursos. “Viemos para cá hoje mesmo sabendo que muitos não podem se inscrever. A gente acredita que conhecer de perto as profissões deixam os jovens com esperança de mudar de vida depois de saírem da unidade”, disse Kedma.

Foi a união de forças entre o Ministério Público Estadual de Alagoas e a Secretaria de Estado da Paz (Sepaz/AL), por meio do secretário Eduardo Campos Lopes, que permitiu a ida dos 26 adolescentes à Feira de Profissões do Senai, na manhã desta sexta-feira. Também apoiaram a iniciativa o juiz Ney Costa Alcântara de Oliveira e o superintendente de Medidas Socioeducativos, Glauber Luiz de Almeida Melo.

“Esses meninos têm que entender que um mundo cheio de possibilidades espera por eles aqui fora. Se tiverem vontade de sair ressocializados e com desejo de reconstruírem suas vidas, nós estaremos aqui fora para ajudá-los. Ler, estudar e buscar uma qualificação são os primeiros passos que devem ser dados quando eles ganharem a liberdade novamente. Foi por isso que os trouxemos aqui, para incentivá-los a enxergar o futuro de uma outra forma”, comentou Paranhos.