A Diretoria de Comunicação Social (Dicom) do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) venceu, pela 3ª vez, o Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça (PNCJ), honraria concedida pelo Fórum Nacional de Comunicação e Justiça (FNCJ), colegiado que congrega assessores de comunicação das instituições que integram todo o sistema de justiça no Brasil. A solenidade de premiação ocorreu na última sexta-feira (31), na cidade de São Paulo.

A Dicom conquistou o 1º lugar na categoria “Fotografia”, uma das 12 disputadas. Foram 17 imagens que concorreram ao voto dos jurados e, ao final da seleção, apenas três foram finalistas.

“É uma alegria indescritível ouvir o nome da sua instituição sendo anunciado no palco. E esse reconhecimento só nos impulsiona a seguir trabalhando com amor e dedicação, dando o melhor de nós”, afirmou a jornalista Janaina Ribeiro, diretora de comunicação do MPE/AL.

“É um orgulho para a nossa instituição a conquista de mais esse troféu”, comentou o procurador-geral de justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto.

A foto vencedora

A imagem que conquistou o primeiro lugar foi registrada em 5 de março de 2018, ocasião em que a Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (FPI do São Francisco) flagrou catadores trabalhando sem equipamentos de proteção individual (EPIs) num lixão localizado no Povoado de Capela, zona rural de Penedo, município do litoral sul de Alagoas. O vazadouro recebia diariamente resíduos sólidos dessa referida cidade e também do município de Igreja Nova.

Na fotografia, um catador está sobre o lixão e, em razão da volumosa quantidade de resíduos que existem no local, o trabalhador parece ser pequeno em meio a tanto lixo. Ele trabalha sem qualquer EPI, inala a fumaça tóxica oriunda da combustão do próprio lixo e faz a catação desse mesmo lixo sob o risco de se machucar com os resíduos hospitalares e o material perfurocortante que também são jogados no vazadouro de forma irregular.

A foto, de autoria do fotojornalista Johnatan Lins, que integra a equipe de jornalismo da FPI, foi divulgada amplamente pela Dicom e ganhou publicidade em sites, jornais e reportagens de TV que mostraram o flagrante feito pela FPI do São Francisco.

Os jurados

A comissão julgadora  foi formada por profissionais com reconhecimento nacional no segmento da comunicação. Faz parte dela Gil Dicelli, designer editorial e jornalista visual. Atualmente ele trabalha como editor executivo do núcleo de imagem de O Povo, jornal em circulação há mais tempo no estado do Ceará. Possui cinco Prêmios ExxonMobil de Jornalismo (anteriormente conhecido como Prêmio Esso, o maior existente no Brasil). Em 2008, ganhou o Award of Excellence, na categoria News Design/Page, prêmio concedido pela Society for News Design (SND). Em 2016, ganhou mais três prêmios internacionais, no 18º European Newspaper Award.

O fotógrafo e jornalista Alan Marques também integrou a banca examinadora, e possui 26 anos de atuação no Brasil e no exterior. É mestre na linha Imagem, Som e Escrita (FAC/ UnB), com MBA em Marketing (FGV). É coordenador do curso de Comunicação da Anhanguera e professor universitário com cinco livros publicados sobre Comunicação Visual. Entre eles está obra apoiada pela ONU: Bonbagay – A luta no Haiti após o terremoto.


A concorrência

Quatro fotografias chegaram à final do Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça. Além da imagem do Ministério Público de Alagoas, também disputaram a 1ª colocação duas fotografias da Defensoria Pública do Tocantins e uma do Tribunal de Justiça de Goiás.

Título: FPI do São Francisco I

Instituição: Ministério Público Estadual de Alagoas

Título: O Alívio da Aposentadoria

Instituição: Tribunal de Justiça de Goiás

Título: Ser forte pelos mais fracos

Instituição: Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO)

Título: Vidas amontoadas

Instituição: Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO)

O Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça já existe há 17 anos e reconhece os melhores trabalhos realizados pelas assessorias de comunicação de todos os órgãos ligados à Justiça do país, a exemplo dos Ministérios Públicos, Tribunais de Justiça, Defensorias Públicas, OABs, CNMP e CNJ, tribunais superiores, tribunais regionais federais e eleitorais etc. Ao todo, são 12 categorias disputadas.