Para o fechamento do cronograma de 2025, na manhã desta quarta-feira (3), na Sala dos Colegiados, no prédio-sede da Procuradoria-Geral de Justiça, no bairro Poço, Maceió, aconteceu, em formato híbrido, a última Reunião de Análise Estratégica (RAE) que, mensalmente, é promovida pela Assessoria de Planejamento e Gestão Estratégica (Asplage), do Ministério Público de Alagoas. O momento foi conduzido pelo chefe institucional, Lean Araújo, e dividido com membros e servidores que tiveram a oportunidade de apreciar apresentações feitas pelos coordenadores do Gaeco, Gaesf e pelo titular da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor. Na ocasião foi aprovada a ata da reunião anterior.
O procurador-geral de Justiça Lean Araújo aproveitou para parabenizar os promotores de Justiça e reafirmar o compromisso de continuar investindo na área da tecnologia, pensando em mais avanços institucionais, bem como manifestou o desejo de atuação integrada com os mencionados grupos de atuação especial e a Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor.
“Hoje foi a nossa última reunião de 2025, ano em que pudemos discutir boas estratégias, constatar e conhecer detalhadamente ações vultuosas, para nós e para a sociedade alagoana, bem como os resultados obtidos. A RAE permite que façamos um monitoramento de metas e possamos, a cada encontro, aprimorar iniciativas ou projetos. Temos tentado modernizar o Ministério Público de Alagoas fazendo investimento maciço em ferramentas tecnológicas para que ele acompanhe toda e qualquer evolução. Entendo que em 2026 é preciso ampliar a atuação institucional e não tenho dúvida de que a junção dos três: Gaeco, Gaesf e Defesa do Consumidor, agregando núcleos e promotorias, culminará em resultados rentáveis no atendimento aos direitos coletivos”, ressalta o pgj.
O chefe ministerial também falou da possibilidade de ser criada uma promotoria específica de Educação, obtendo a aprovação de todos os presentes. Pela ordem, o coordenador do Gaesf, promotor de Justiça Cyro Blater, foi o responsável pela primeira pauta e iniciou explicando a composição do grupo que inclui MP, Sefaz, polícias Civil e à Militar destacando os principais objetivos. Embora o foco do Gaesf seja o combate a sonegação fiscal, o promotor cogita a possibilidade de em 2026, sem fugir da finalidade, incluir em seus enfrentamentos o crime organizado visto que a ação fraudulenta sempre culmina em lavagem de dinheiro. Ele falou sobre o sistema “Pandora” , de apoio à investigação e trazido da Paraíba para o MP de Alagoas.
Blatter apresentou dados estatísticos, pormenorizou o que define uma fraude fiscal estruturada e afirmou que, em 2025, já foram recuperados R$ 91 milhões. O membro ministerial quer dotar o Gaesf de ferramentas por inteligência artificial. Ele também fez uma seleção de operações consideradas de maior repercussão e também maior apreensão e recuperação de valores, enfatizando que “a abertura de um grande número de empresas fraudulentas é o grave problema em Alagoas”. Até o momento, como consequência das investigações e operações, inclusive com extensão ao exterior, das 2000 empresas de fachada já foram fechadas 400.
Noutro quesito importante e de grande interesse público, a garantia dos direitos do consumidor, o promotor de Justiça Max Martins também compilou algumas ações e repassou informações a respeito do que foi desencadeado por sua promotoria, a exemplo da operação “Combustível Limpo” que tem como objetivo garantir qualidade do produto evitando que o cidadão seja lesado na hora do abastecimento do seu veiculo. Ele apresentou o numero de operações acontecidas na capital alagoana, nos últimos três anos, e chamou atenção para um dado alarmante, que em 2023, no Brasil, os consumidores tiveram um prejuízo de R$ 2 bilhões com os esquemas envolvendo postos de combustíveis.
Como medida de proteção aos alagoanos, o promotor mencionou a criação de um aplicativo, ainda em fase embrionária, onde os consumidores ao acessarem terão informações seguras a respeito dos postos de combustíveis, os antecedentes, se em cinco anos, por exemplo, houve autuação e os proprietários respondem a processos para que possam evitar prejuízos.
E, encerrando as apresentações, o coordenador do Grupo de Ações Especiais contra o Crime Organizado (Gaeco), promotor de Justiça Napoleão Amaral apresentou as ações estratégicas do – Gaeco parabenizou os colegas pelas apresentações e fez um resumo das ações do Núcleo de Gestão de Informações (NGI), em lugar do promotor de Justiça Hamilton Carneiro que se encontrava em audiências de custódia. Entre os destaques, ele falou sobre o Sistema Lumiar que é um projeto do MPAL que busca o aperfeiçoamento nas investigações e no serviço de inteligência.
Sobre o Gaeco, Napoleão Amaral levou um resumo dos pontos positivos identificados. Entre os tópicos de relevância, afirmou que em 2024 ofertaram 71 denúncias e m 2025 47. No momento, o Gaeco investiga 54 pessoas.
Findadas as participações dos três promotores, a assessora de Planejamento Estratégico , promotora de Justiça Stela Cavalcanti, ao fazer uso da fala parabenizou os colegas ressaltando a importância de todos os dados por eles compartilhados enxergando as áreas em que atuam como de repercussão forte no estado. Já o servidor Thiago, a pedido da promotora, apresentou a inovação da Asplage que é um informativo mensal a ser disponibilizado no site oficial da instituição e, por ele, todos poderão acompanhar os projetos estratégicos e um resumo do que for considerado relevante naquele período. A previsão é de que o primeiro boletim seja divulgado em janeiro de 2026.
Foi destacado, também, que a Escola Superior do MPAL tem a pretensão de iniciar o ano explanando o seu plano de atuação para 2026.

















