O combate ao tráfico de drogas, às organizações criminosas e suas facções faz parte das atuações diárias do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL). Com esse foco, após intensos debates, atuação precisa e assertiva do promotor de Justiça Ivaldo da Silva, em julgamento ocorrido no plenário na 5ª Vara Criminal da Comarca de Arapiraca, nessa terça-feira (19), foi garantida a condenação do réu Matheus Henrique Cardoso Dias, conhecido como “Bolinha”, a 51 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado.

A condenação foi uma das maiores na cidade de Arapiraca, sendo que o réu é uma das lideranças de uma facção criminosa que atua na cidade e no Estado de Alagoas.

O Conselho de Sentença acolheu as teses do Ministério Público e condenou o réu pelos homicídios duplamente qualificados por motivo torpe (disputa por ponto de tráfico de drogas) e utilização de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas Gilson Santos de Souza Júnior e Weverton Marlon Caetano dos Santos, e pela tentativa de homicídio qualificado em face da vítima M. S. L. S., menor de idade e gestante à época do fato, ocorrido em 20 de outubro de 2022.

O promotor de Justiça Ivaldo da Silva destacou a necessidade de condenação para a efetivação da justiça na sociedade e o combate ao crime organizado. “A pena foi agravada pela reincidência do condenado, que possui condenações anteriores transitadas em julgado, todas ligadas ao tráfico de drogas na região. O Ministério Público tem o papel de cobrar justiça, de promovê-la, e atuar para responsabilizar quem transgride as leis”, afirmou o promotor.

A sessão de julgamento se estendeu até o início da noite, contando com a participação da comunidade arapiraquense. Familiares das vítimas, estudantes de Direito e advogados acompanharam no plenário o julgamento até o fim.

Após o veredicto, foi expedido mandado de prisão definitivo contra o réu, que permanecerá detido para início imediato do cumprimento da pena. “A condenação representa uma das penas mais severas aplicadas pela Justiça alagoana em casos de homicídio múltiplo, demonstrando o rigor do sistema judiciário em crimes dessa gravidade”, concluiu o promotor de Justiça.