Alguém o abordou na rua, levou para uma casa de passagem, e alguém da casa de passagem acionou o Programa de Localização de Identificação de Desaparecidos (PLID).Lá a perita-geral acionou o papiloscopista, a delegada se mobilizou, a assistente social da casa de passagem interagiu e, viva, o senhor José Antão da Silva, de 72 anos, voltou para casa com a família. E, de São Paulo, graças ao card sobre o seu desaparecimento, veio um telefonema informando sobre o paradeiro do jovem Wagner da Silva Santos que já se encontra com a mãe. Esse é o trabalho da rede Plid, em Alagoas, feito a muitas mãos e que, diariamente, tem conseguido aliviar o sofrimento de muita gente.

Seu José Antão é morador de Rio Largo, tem Alzheimer e deficiência visual, ao ser indagado disse que estava esperando um filho mas teria resolvido vim para a casa dele em Maceió. O fato é que ele não recordava o endereço e ficou perdido nas ruas onde foi encontrado por uma equipe que faz esse trabalho de resgate. Por segurança, o idoso foi levado para a Casa de Passagem Manoel Coelho Neto.

“Ele foi levado para a casa de passagem pela equipe de abordagem, fomos até o Cleto Marques Luz porque ele disse que o filho morava lá nas não logramos êxito. Então decidi compartilhar a foto dele no grupo do Plid, com os possíveis nomes dos filhos e, graças a Deus deu certo. Essa não seria a primeira vez que isso ocorria, e a família estava aflita”, relata a assistente social Walbia.

A delegada Rebecca Cordeiro pediu mais informações, colocou os dados no sistema e, além do endereço, fez outras descobertas.

“De posse de algumas informações fui para as buscas e constatei que havia um boletim de ocorrência de desaparecimento em 2022 e outro agora em 2024, também que a família estava procurando pelo idoso. Vi que o último boletim havia sido feito pelo genro e que o mesmo tinha disponibilizado o seu número de telefone para qualquer contato”, detalha a delegada.

O número de contato, como todas as outras informações foram colocados no grupo da rede Plid e a assistente social manteve contato com os familiares de seu Antão. Por volta das 23h30 ele foi entregue à neta que se mostrou emocionada.

2º Caso

Para todos os fins, Wagner da Silva teria ido à São Paulo para trabalhar e teria chegado ao destino no dia 18 de fevereiro. Ela havia acertado para morar com dois amigos, porém um dia após a chegada saiu de casa com a bolsa e não mais foi visto. Em Maceió, a família entrou em desespero e acionou o Plid.

“Então fizemos o Card e os compartilhamentos chegaram até um trailler de passaportes, em São Paulo. O dono viu a foto nas redes sociais e nos telefonou dizendo que sabia onde o rapaz se encontrava e nos ajudou com as informações essenciais. Fiz o contato, tratava-se de um abrigo, localizamos a mãe que o levou para casa. Isso serve para as pessoas entenderem a dimensão do alcance de um card que produzimos com a foto de uma pessoa desaparecida. Mais uma vez a participação da sociedade se mostrando importantíssima nessa missão tão nobre dada a todos que fazem a rede Plid “, afirma a gerente do PLId/AL Amanda Gomes.