O Ministério Público de Alagoas deu um prazo de 30 dias à Prefeitura de Maceió para apresentação de um cronograma de curto e médio e longo prazo para solução dos problemas da rede de abrigos existentes em Maceió. O MP também quer que, no mesmo prazo, seja apresentado um projeto preventivo de apoio às famílias, para evitar a ida das crianças aos abrigos.

“Constamos que 80% das crianças e adolescentes que vão parar nos abrigos não têm problema com os pais. Vão para as ruas por causa da miséria. As outras 20% são vítimas de maus tratos ou algum outro tipo de violência doméstica. Por isso, não basta estruturar os abrigos existentes, mas também dar condições às famílias para permanência dos filhos junto aos pais ou responsáveis”, afirmou a promotora de Justiça Alexandra Beurlen, durante audiência pública realizada, nesta quinta-feira, em conjunto os promotores de Justiça Ubirajara Ramos,e Adriana Gomes.

Dirigentes de abrigos e representantes das Secretarias Municipal e Estadual de Ação Social participaram da audiência, que contou ainda com a presença de conselheiros municipais e tutelares. Eles foram convocados para tomar conhecimento de relatório resultante de inspeções realizadas pela psicóloga Renata Studart e pelo promotor de Justiça Ubirajara Ramos.

Entre os abrigos existentes em Maceió, três são mantidos totalmente pelo município – Casa da Adoção, Casa de Passagem Feminina e Projeto Acolher – e um um pelo estado, a Casa Lar Noélia Lessa. Entre os não-governamentais estão o Projeto Talita, Lara das Meninas, Casa Dom Bosco,Juvrnópolis, Deus Proverá, Sociedade Espírita Discípulos de Jesus e o Lar Batista Marcolina Magagalhães.