Foi um dia intenso de sustentação, convicções e provas suficientes para a condenação de Otávio Cardoso da Silva, acusado de matar a universitária Bárbara Regina, crime ocorrido em 2012, por motivo torpe e meio cruel. A firme atuação do promotor de Justiça, Antônio Vilas Boas, foi crucial para levá-lo, nessa terça-feira (28), à condenação de 26 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, sentença foi proferida pelo juiz John Silas da Silva.

O caso Bárbara Regina é considerado um dos mais delicados e , paralelamente, de grande repercussão, visto que o corpo da vítima jamais foi encontrado. Otávio, identificado desde o início como o homem que aparece saindo de uma boate com a estudante, fugiu de Alagoas, logo após o crime, e somente cinco anos depois foi localizado e preso no Mato Grosso.

Mesmo negando até o fim sua participação, o promotor de Justiça, Vilas Boas, garante não haver nada concreto que pudesse auxiliá-lo a provar inocência.

“Ele foi encontrado com o aparelho celular da vítima e não conseguiu justificar porque não procurou deixar o objeto na boate, com alguém que pudesse conhecer a Bárbara. Seus álibis foram sempre imperfeitos e jamais poderiam gerar credibilidade”, afirma o promotor.

O juri teve início às 9h e durou oito horas. Otávio foi condenado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Os jurados acataram a tese de acusação e reconheceram as duas qualificadoras, motivo torpe e crime praticado com requintes de crueldade, já que a vítima teria se recusado a manter relações sexuais com ele. Ao final foi apenado a uma reprimenda de 24 anos pelo crime de homicídio e mais dois e seis meses por ocultação de cadáver.

“O MP sustentou a todo momento que o Otávio Cardoso foi, de fato, o homicida, e eu fiz com base em depoimentos prestador por Moab Júnior, que em três oportunidades na delegacia, na presença do seu advogado, que o Otávio confidenciara que matou a vítima por asfixia e golpes de punha, . A defesa requereu a absolvição, pela negativa de autoria e, caso os jurados não concordando com a defesa, decidissem por condená-lo que decotassem as qualificadoras de motivo torpe e meio cruel. A acusação fez vê aos jurados que o depoimento do Moab deveria prevalecer e os convencemos, e não o do réu feito em júri. Para nós foi feita a justiça e os parabéns vão para a sociedade alagoana que não mais transige e admite violência em nosso estado”, conclui o promotor de Justiça , Vilas Boas.

Foto: Claudemir Mota