A Diretoria de Comunicação Social (Dicom) do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL) venceu mais um prêmio neste último final de semana. Com o case “FPI do São Francisco”, a equipe conquistou o 1º lugar do XV Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça, na categoria ‘Relacionamento com a Mídia”, tendo ficado à frente de projetos desenvolvidos pela Defensoria Pública do Rio de Janeiro e do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais. A solenidade de premiação ocorreu nessa sexta-feira (30), no Armazém Uzina.

O Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça, que é realizado pelo Fórum Nacional de Comunicação e Justiça (FNCJ), acontece desde 2002 e reconhece os melhores trabalhos realizados pelas assessorias de comunicação de todos os órgãos ligados à Justiça do país, em 14 categorias. A solenidade sempre encerra os trabalhos do Congresso Brasileiro dos Assessores de Comunicação da Justiça (Conbrascom), capacitação que também ocorre todos os anos para esse mesmo público.

O anúncio dos vencedores da 15ª edição do Prêmio foi feito durante uma cerimônia na noite dessa sexta-feira (30), no Armazém Uzina. A Comunicação do Ministério Público disputou, inicialmente, com 18 projetos do Brasil inteiro e, na sequência, foi classificada para a final com outros dois cases: “Aprimoramento da Cobertura das Eleições 2016”, do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, e “What is the State Public Defenders Office? – Olimpíadas impulsionam DPRJ na imprensa internacional”, da Defensoria Pública do Rio de Janeiro.

“A FPI do São Francisco é um projeto que exige um grande engajamento da Dicom. A gente trabalha bastante, muitas vezes acordando ainda na madrugada e indo dormir bem tarde, tendo que se desdobrar para acompanhar os resultados de 11 equipes em campo, cada uma, num alvo diferente. E além das matérias, produzimos vídeos, fotos e gravamos áudios para compartilhar via Whatsapp com 256 jornalistas do estado inteiro que estão no nosso grupo da Dicom no aplicativo. E ainda alimentamos nossas redes sociais de Facebook, Instagram, Twitter e YouTube, além de abastecermos o hotsite criado para a força-tarefa. O trabalho é grande, mas esse reconhecimento que chega agora só nos motiva ainda mais”, comentou a jornalista Janaina Ribeiro, diretora de Comunicação do MPE/AL.

“É uma honra para a nossa instituição termos uma equipe tão qualificada. Estamos muito orgulhosos e pudemos mostrar ao Brasil que Alagoas também possui profissionais de alta qualidade fazendo Assessoria de Comunicação”, declarou Alfredo Gaspar de Mendonça, procurador-geral de Justiça.

“Eu não fiquei surpreso com a qualidade do trabalho feito pelo Ministério Público Estadual de Alagoas. A instituição mostrou que há vocação nos profissionais que trabalham em sua Assessoria de Comunicação. A dinâmica empenhada para desenvolver o projeto FPI do São Francisco ignora horários de expediente, adapta-se a viagens de madrugada e emplaca uma rotina em tempo real para abastecer telejornais, jornais, rádios. Realmente é uma equipe devotada. Pude perceber que eles trabalham diuturnamente para atender os diferentes tipos de meios de comunicação e ainda conseguem fazer mídias digitais e redes sociais. Tudo isso para atingir a sociedade por meio dos formadores de opinião”, declarou o jornalista João Camargo, jurado do Prêmio.

O projeto “What is the State Public Defenders Office? – Olimpíadas impulsionam DPRJ na imprensa internacional” ficou em 2º lugar e o “Aprimoramento da Cobertura das Eleições 2016” conquistou a 3ª colocação.

Demais categorias

Este ano o Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça bateu todos os recordes e teve 271 trabalhos inscritos em 14 categorias: Mídia Impressa, Mídia Digital, Mídia Radiofônica, Publicação Especial, Fotografia, Reportagem Escrita, Reportagem de TV, Programa de TV, Comunicação Interna, Comunicação de Interesse Público, Vídeo Institucional, Inovação, Relacionamento com a Mídia e Artigo Acadêmico.

A edição 2017 também criou o “Prêmio Honorário”, que visou reconhecer a contribuição de um profissional da mídia na difusão dos direitos sociais e da cidadania. Em Alagoas, a comissão organizadora local escolheu o jornalista Ródio Nogueira, já falecido, para se tornar membro benemérito do Fórum. O troféu e o certificado foram entregues à família de Ródio, que compareceu à cerimônia e agradeceu a homenagem. “Foi um momento de muita emoção e a família se sente honrada com o reconhecimento dado ao trabalho do meu pai”, disse Adelaide Nogueira, filha do jornalista do homenageado.

O Conbrascom

O XV Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça encerrou as atividades do XIII Congresso Brasileiro dos Assessores de Comunicação da Justiça (Conbrascom), que aconteceu na Escola Superior da Magistratura do Estado de Alagoas (Esmal), em Maceió, entre os dias 28 e 30 de junho. O evento reuniu mais de 200 profissionais de comunicação todos os ramos da Justiça – Tribunais, Ministérios Públicos, Defensorias, Conselhos e entidades representativas de magistrados, promotores e procuradores, servidores e da advocacia –, além de estudantes e pesquisadores da área. A comissão organizadora local do evento foi composta pela jornalista Janaina Ribeiro, do MPE/AL, e pelo também jornalista Maikel Marques, chefe da Comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas.

O tema da edição deste ano foi “Gestão da comunicação: da rotina operacional à dimensão estratégica”. A programação foi composta por palestras, painéis e oficinas ministradas por especialistas de renome na área da comunicação pública, cujas atividades abordaram temas contemporâneos e presentes no dia a dia das assessorias.

Dentre os palestrantes, esteve o professor doutor Jorge Duarte, coordenador de Comunicação em Ciência e Tecnologia da Embrapa. Ele falou sobre os “Desafios da Comunicação em Instituições Públicas”.

Já os painéis do Conbrascom 2017 debateram atuação estratégica, gestão de conteúdo e relacionamento com públicos de interesse, trazendo profissionais como Wilson Bueno, Adryana Almeida, Larissa Magrisso, Rafael Ruas, Anna Gomide e Viviane Mansi. Já as oficinas seguiram com a tradição de abordar, com muita praticidade, atividades e tarefas que fazem parte da rotina das assessorias. Este ano, os temas das oficinas foram “Como obter melhores resultados no Facebook”, “Storytelling e memória organizacional” e “Design Thinking”, com os convidados Luciano Larrossa, Rodrigo Cogo e João Moreira.

A palestra de encerramento foi proferida pelo jornalista Vladimir Netto, que falou sobre “Bastidores da Lava-Jato: redes sociais e o pronunciamento das fontes no maior caso de corrupção do Brasil”. Repórter da TV Globo, o convidado é autor de um dos livros mais vendidos do país: “Lava Jato – O Juiz Sérgio Moro e os Bastidores da Operação que Abalou o Brasil”.