Na manhã desta sexta-feira (1º), o procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, e a promotora de Justiça e coordenadora do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID), em Alagoas, Marluce Falcão, representando o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL), assinaram com o secretário de Segurança Pública, coronel Elias Silva, um Termo de Cooperação Técnica que proporcionará maiores condições de ação e trará respostas mais céleres à sociedade alagoana. O propósito da importante parceria é de minimizar o número de pessoas desaparecidas, cujos levantamentos apontam no momento para 1546 em Alagoas. Além desse dado, o Plid/AL registra 312 pessoas encontradas, entre vivas e mortas, e mais 1.231 casos estão sob investigação.

O chefe do MP de Alagoas, M árcio Roberto, é entusiasta dessa união de forças em prol de um bem tão necessário e coletivo.

“O momento é de satisfação, avalio como uma grande largada numa corrida pelo acalento a tantas famílias alagoanas. Enquanto gestor do Ministério Público garanto que estaremos sempre à disposição para fortalecer o programa, para contribuir com os demais órgãos e com a sociedade alagoana. Essa parceria é de relevância não para nós, exclusivamente, mas para cada cidadão do nosso estado. Só tenho a agradecer à promotora Marluce pelo magnífico trabalho, à Secretaria de Segurança, em nome do secretário Elias Silva, pelo compromisso assumido e por se dispor a somar conosco”, enfatiza o PGJ.

A promotora Marluce Falcão, que tem feito um trabalho brilhante com sua equipe, acredita que a parceria culminará em grandes resultados.

“Estamos vivenciando um despertar para o fenômeno do desaparecimento em Alagoas. Pessoas certas, nos lugares certos. Certamente teremos um grande avanço na busca de Desaparecidos e finalmente famílias podem obter uma resposta do estado,” declara.

O secretário de Segurança Pública, coronel Elias Silva, reforçou a satisfação demonstrada por todos e, para mostrar conhecimento sobre o processo, mencionou algumas ações desencadeadas para buscas a desaparecidos.

“A palavra-chave é a integração, não tem como fazermos nada sozinhos, os órgãos precisam estar sintonizados, atuando em sincronia pelo bem toda a população. Com essa parceria, o empenho e competência dos nossos integrantes, refiro-me a todos os órgãos que compõem a segurança pública, não tenham dúvidas, melhoraremos os serviços e amenizaremos o sofrimento das famílias alagoanas”, diz o secretário.

Durante a solenidade, a advogada Amanda Fireman, voluntária do Plid desde o início, apresentação dos números reais do quadro de desaparecimento em Alagoas, contabilizados pelo Sinalid/Plid, e pediu que os órgãos não medissem esforços.

“É preciso que nos juntemos para encontrar uma forma de dinamizar mais os casos. Há famílias que nos procuram todos os dias porque querem saber dos filhos, é necessário termos um parecer. Elas não podem ficar sem respostas, mesmo que, infelizmente, nem sempre estejam vivos, mas é u direito saber onde estão, encontrar, para amenizar a dor”, explicou.

A promotora Marluce Falcão ressaltou o apoio recebido pelo procurador-geral de Justiça, também por ter proporcionado a ida do servidor do MPAL, Thomaz Fireman e da advogada Amanda Fireman para o Plid/AL, e agradeceu à Polícia Militar por disponibilizar a cabo PM Helena Bulhões, que agora será a interlocutora com as forças de segurança.

O evento contou com a presença do chefe de gabinete do PGJ, promotor de Justiça Humberto Bulhões e de várias autoridades dos órgãos de segurança em Alagoas, como o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ivan Anderson Chagas; o coronel PM Pedro Jorge Moura, representando o Comando-Geral da Polícia Militar; a delegada-geral adjunta da Polícia Civil, Kátia Emanuelle; o chefe do setor de Prevenção da SSP/AL, major Iran Rêgo de Melo, e o capitão PM Alex Acioli, a capitã PM Cristiane, representando o Comando da Patrulha Maria da Penha; a tenente PM Roberta, representando o Comando de Policiamento da Capital; o diretor do Instituto Médico Legal, médico-legista, Diogo Nilo Borba; o chefe de estatística da Polícia Civil, Sávio Marinho.