As investigações que culminaram com as prisões de 12 diretores das duas maiores torcidas organizadas de Alagoas são resultado de um trabalho conjunto entre o Ministério Público do Estado de Alagoas e a Secretaria de Estado da Segurança Pública, por meio das Polícias Civil e Militar. Na operação Red Blue, deflagrada, nessa terça-feira (19) em vários bairros de Maceió, além das prisões, também houve o fechamento das sedes dessas torcidas e a apreensão de vasto material.
Pelo MPAL, houve atuação das promotoras de Justiça Martha Bueno, do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), e Sandra Malta, da Promotoria de Justiça do Torcedor. Por se tratarem de organizações criminosas, Martha Bueno emitiu pareceres pela prisão dos acuados, uma vez que a apuração apontou que eles agiam de forma coletiva para o cometimento de uma série de crimes.
Red Blue
A ação conjunta desarticulou duas organizações criminosas que atuam no estado, e que vêm praticando, através de seus membros, diversos crimes motivados pela intolerância esportiva.
De acordo com o Gaeco e com a direção da Polícia Judiciária da Capital e Metropolitana (DPJ1), as investigações foram iniciadas há um ano, após atos violentos que mutilaram pessoas aleatórias em consequência da explosão de bombas caseiras espalhadas pelas ruas da capital e também depois de crimes contra torcedores do Centro Sportivo Alagoano (CSA) e do Clube de Regatas Brasil (CRB).
Todo o material encontrado na sede das torcidas organizadas Mancha Azul, no Centro de Maceió, do Comando Alvirrubro, no Poço, como camisas, foi apreendido, já que não havia qualquer regularidade fiscal. Inclusive , segundo as autoridades, são produtos que fazem apologia à violência, não possuindo, portanto, qualquer relação com o futebol.
Após os pedidos formulados pelo delegado Lucimério Campos e que contaram com os pareceres favoráveis do MPAL, o Poder Judiciário também determinou a suspensão do funcionamento das duas torcidas organizadas. Em razão disso, as suas sedes foram fechadas definitivamente. Houve também a ordem, por meio da 17ª Vara Criminal da Capital, de derrubar as redes sociais da Mancha Azul e do Comando Alvirrubro.
Ao todo, foram expedidos 32 mandados, sendo 15 de prisão e 17 de busca e apreensão. O trabalho de apuração também foi munido de informações do Serviço de Inteligência da PM, que fez o monitoramento das torcidas no âmbito estadual e interestadual, com o apoio do Ministério Público, atuante no Gaeco e perante o Juizado do Torcedor.
Com informações e foto da Ascom/SSP.