A tarde foi para averiguar como funciona o espaço escolhido para abrigar meninos e meninas, de 0 a seis anos, que necessitam de muita assistência e amor, de direitos garantidos. O promotor de Justiça Gustavo Arns, da Infância e da Juventude, visitou o Lar de Amparo à Crianças para Adoção (LACA), localizado no bairro do Feitosa, e foi recepcionado pelo diretor Irani Aguiar, ocasião em que apreciou documentação e conheceu melhor a nova estrutura da instituição acolhedora. Em Maceió existem oito unidades com essa função.

No momento, o LACA assiste 14 crianças, quatro delas sendo bebês. Vulneráveis, foram vítimas de abandono, negligência e até abuso sexual. Esse é o segundo local , com mesma finalidade, que o promotor Arns visita.

““O Ministério Público possui um cronograma de visitação a essas unidades acolhedoras, que ocorrem nos meses de março e setembro, para saber, em resumo, se as crianças e os adolescentes afastados do convívio familiar estão com os seus direitos resguardados. As 13ª e 44ª Promotorias de Justiça, estão, durante todo o presente mês , inspecionando oito instituições que prestam o serviço de acolhimento institucional em Maceió, objetivando verificar a regularidade da casa, as instalações, analisar caso a caso dos meninos e meninas acolhidos e, consequentemente, tomar providências necessárias e confeccionar relatórios , repassando-os à Corregedoria para que cheguem até o Conselho Nacional do Ministério Público .É o seu papel como fiscal da ordem jurídica, protetor dos direitos individuais indisponíveis, assegurar a proteção integral de crianças e adolescentes’, enfatiza Arns. 

Segundo o diretor Irani Aguiar, 95% das crianças são levadas ao LACA pelos Conselhos Tutelares, com históricos tristes e que exigem muita dedicação. Ele fala como conseguem manter o espaço.

‘Somos uma instituição não-governamental e sobrevive com a ajuda dos amigos, é uma casa que foi criada para ofertar amor. Aqui decidimos limitar nossa capacidade e abrigamos 15 crianças, tendo no momento 14, entre elas quatro bebês. Sempre procuramos, desde a sua fundação, a caminhar honestamente e a visita do MP encaramos com naturalidade porque quem trabalha, de fato, com amor, nada teme. Convido a todos para nos conhecer e, se possível, ajudar”, falou emocionado o diretor da LACA.

O que o MP de Alagoas quer é justamente que todas as unidades tenham condições satisfatórias para acolher meninas e meninos vítimas de qualquer tipo de violência e abandono.

Fotos: Anderson Macena