Dando continuidade as atividades do projeto “Fale, Educação!”, foi inciada, nesta sexta-feira (19), a fase de integração da cidadania. Nesta etapa, promotores de Justiça do Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL) realizarão palestras nas 14 escolas de rede pública de ensino que foram selecionadas para participar do projeto. O objetivo é a difusão dos conceitos e recursos disponíveis para o exercício da cidadania.

Com o tema “liberdade de expressão”, a primeira palestra dessa etapa do “Fale, Educação!” foi ministrada pela promotora de Justiça Miryã Ferro, na Escola Estadual Drº Fernandes Lima, localizada no bairro Sítio São Jorge. Durante toda manhã os estudantes aprenderam que liberdade é um pré-requisito para o desenvolvimento de uma sociedade saudável, mas que para exercer esse princípio constitucional é preciso responsabilidade e respeito ao próximo.

“Vivemos em um país democrático, que diz ao cidadão para ser livre ao expressar seus pensamentos. Os jovens precisam aprender sobre isso. Eles devem defender este direito e não podem ser tolhidos em sua liberdade. Entretanto, eles devem saber da necessidade de exercer seu direito respeitando, não discriminando e sabendo os limites do outro”, disse a promotora de Justiça para um auditório com mais de 100 jovens.

A professora de Biologia e diretora adjunta da escola, Ana Lúcia Costa, acredita ser esta é uma das fases mais importantes do projeto. Para ela, as palestras ensinarão conceitos importantes de cidadania. “Para muitos alunos estes momentos são reveladores, já que estabelecem uma dinâmica diferente da sala de aula. Despertam um maior senso crítico e dá a dimensão que há direitos e deveres para serem exercitados”, afirmou.

Animada por participar do projeto “Fale, Educação!”, a estudante Driele Rosito afirmou ter aprendido poder externar suas opiniões, mas que para ser ouvida é necessário respeitar o pensamento das outras pessoas. “Cada ser humano tem o direito de ser o que é, de falar o que pensa. O que não temos, é o direito de impor nossas opiniões. Isso ficou bem claro para mim”, declarou.

Mais palestras

A promotora de Justiça e coordenadora do projeto, Cecília Carnaúba, explicou que as palestras pretendem compartilhar com os alunos a noção de ética e respeito social. “Nesta fase, visamos despertar nos jovens o uso e a vivência de conceitos como o do princípio constitucional da solidariedade. Pretendemos fomentar a prática do convívio pacífico e ordeiro, bem como despertar o respeito pelos dispositivos constitucionais que regulam essa convivência”, declarou.

Segundo a promotora de Justiça, são 14 promotores que mensalmente visitarão as escolas selecionadas em um sistema de rodízio. “Desta forma, uma vez por mês os alunos assistirão palestras com temas diferentes. Entretanto, os promotores de Justiça permanecerão com o mesmo tema. São temas como acessibilidade, direito a educação, saúde, alimentação saudável entre outros”.