Contribuir com os jovens mostrando direitos e deveres, mas também orientando para que possam ter um futuro longe das drogas e da violência, tornando-se grandes cidadãos. Com esse entendimento, o promotor de Justiça da cidade de Teotônio Vilela, Ramon Formiga, esteve na Escola Estadual de Educação Básica José Aprígio Vilela para familiarizar os alunos daquela unidade com o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE/AL), fazendo-os conhecer as atribuições da instituição e como pode ser acionada em defesa da sociedade e da cidadania.

A intenção do representante do MPE/AL é disseminar a atuação da Promotoria de Justiça na cidade, inclusive mostrando exemplos de ações que promovem o bem-estar coletivo, na Educação, Saúde, Meio Ambiente, Segurança Pública, na tutela de interesses das crianças e idosos, tratando asa questões criminais, primando pela moralidade na administração pública.

“A população precisa se certificar de que estamos ali para servir e garantir cidadania. O Ministério Público está para orientar, fiscalizar, cobrar e agir no cumprimento das leis. Razão pela qual esclarecemos nossas atribuições”, ressalta o promotor Ramon Formiga.

Por outro lado, o promotor mostrou a atuação concreta do Ministério Público na cidade, mencionando reuniões com as forças da Segurança Pública, no caso, as polícias Civil e Militar, com o propósito de se combater a violência e garantir a tranquilidade das famílias.

“Além disso, já temos alguns resultados por conta de ações que ajuízamos. A situação dos guardas municipais onde exigimos o concurso, bem como a capacitação de tais servidores. Já no meio ambiente, encerramos o lixão o que trará grandes benefícios”, afirma o promotor.

Outro assunto relevante durante a explanação do promotor Ramon Formiga foi a respeito dos efeitos nocivos das drogas na sociedade. Ele aproveitou para orientar e conscientizar os adolescentes de que “esse é, de fato, um caminho sem volta”.

“Foram dados exemplos de famílias desestruturadas, o que é uma grande brecha para a vulnerabilidade de crianças e adolescentes que ficam alvos mais fáceis dos traficantes que aliciam. Há mães procurando o Ministério Público para internar os seus filhos e temos a obrigação de instruí-las”, declara.

O promotor Ramon também apresentou exemplos da violência desencadeada em consequência do envolvimento com o mundo das drogas.

“A oportunidade foi única e era preciso elencar os malefícios causados pelas drogas, falar onde elas podem levar o usuário, das consequências graves e, às vezes, irremediáveis. Então mencionei a questão do vício, o que as pessoas dependentes são capazes de fazer para fomentar como furtar, roubar. Além da possibilidade de pagarem com a própria vida quando não conseguem sanar a dívida com os fornecedores dos entorpecentes. E citei o caso do professor que foi assassinado,

Após a explanação sobre todas as consequências levadas pelas drogas foi o momento de orientar a respeito de como pedirem ajuda, caso já tenha sido inevitável com alguém da família.

“Orientamos as crianças para que não ingressem nesse mundo tão tenebroso e de complicações sérias, bem como se algum adolescente ou familiar já foi aliciado e queira sair, informamos que podem procurar os órgãos executivos como o Creas que trabalha com a Rede Acolhe. E que, em caso de negativa, o Ministério Público entra em ação para assegurar o tratamento”, enfatiza Ramon Formiga.

O promotor explicou também que, caso o dependente químico não deseje a internação voluntariamente, o Ministério Público pode solicitar a internação compulsória.

“Existem as entidades filantrópicas como a Nova Jericó , por exemplo, que não é estatal e desenvolve um grande trabalho de recuperação de jovens dependentes químicos”, lembra o promotor de Justiça.

A palestra ocorreu após uma visita do promotor Ramon Formiga à unidade de ensino.