Todas as autoridades ligadas à segurança pública notificadas pelo Ministério Público de Alagoas compareceram à audiência que tratou sobre violência e vandalismo nas escolas da rede estadual, no início da tarde desta segunda-feira. Nessa primeira fase do inquérito civil instaurado pelos promotores de Justiça Cecília Carnaúba, Jamyl Barbosa e Hamilton Carneiro, da Fazenda Pública Estadual, foram ouvidos o secretário coordenador de Justiça e Defesa Social, coronel Ronaldo dos Santos, do sub-comandante-geral da Polícia Militar, Rubesn Gullar, do comandante de Policiamento da Capital (CPC) Dário César e do comandante do Batalhão Escolar, Wellignton Ferreira da Silva.

A maior parte dos depoimentos aconteceu a portas fechadas, já que, segundo os promotores de Justiça, o inquérito envolve discussões sobre táticas operacionais dos órgãos de segurança pública. “Podemos dizer apenas é que foi ratificado o compromisso de intensificar a atuação do Batalhão Escolar, com a realização de 18 a 24 revistas semanais nas escolas estaduais e reforço da frota com pelo menos mais duas viaturas e motos”, adiantam os promotores de Justiça, que esperam contar com apoio de diretores, professores e servidores das escolas durante as revistas.

Educação

Amanhã (26/9), a partir das 15 horas, o inquérito civil público prossegue com os depoimentos dos secretários Executivo de Educação, Pedro Alves; de Administração, Walter Oliveira; da Fazenda, Eduardo Henrique Araújo; de Planejamento, Sérgio Dória, e do procurador-geral do Estado, Wilson Roberto Lima, sobre a questão da ausência de vagas para nomeação imediata de professores concursados e problemas de infra-estrutura nas escolas. A falta de professores, sobretudo na área de exatas, vem dificultando a conclusão dos anos letivos de 2003, 2004 e 2005 e ameaça o ano em curso.