Uma operação comandada pelo Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual de Alagoas, em parceria com as Polícia Civil de Alagoas e Sergipe, Polícia Militar e serviço de inteligência da Secretaria de Estado da Defesa Social, resultou na prisão, até o início da manhã desta quarta-feira (30), de seis acusados de envolvimento com assaltos a bancos no Sertão do Estado. A quadrilha também é suspeita de ligações com os crimes de tráfico de drogas e homicídios.

A operação, que já dura 24 horas, está cumprindo oito mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital. Todos os alvos são do município de Paulo Afonso, na Bahia.

“Esse bando saía da Bahia para vir cometer crimes em Alagoas. Conseguimos prender o líder da quadrilha e os trabalhos só serão finalizados quando localizarmos todos os suspeitos. Já existem seis detidos, faltam dois”, explicou o promotor de Justiça Luiz Tenório, do Gecoc, que acompanha a operação.

Líder reagiu a prisão

Não foi fácil efetuar a prisão contra Josélio Ramos Lúcio. No momento em que o Gecoc e as polícias chegaram até a residência dele, localizada na Rua do Sossego, bairro Centenário, em Paulo Afonso, o acusado reagiu e entrou em luta corporal com um policial civil. Ele também tentou fugir por uma janela da casa, momento em que foi detido. As outras cinco pessoas foram presas em imóveis diferentes e não reagiram a prisão.

Josélio Ramos Lúcio é apontado como líder de uma organização criminosa especializada em assaltos a bancos. O bando que ele comandaria teria sido responsável por, pelo menos, quatro roubos contra instituições financeiras no Sertão de Alagoas, nas cidades de Piranhas, Mata Grande, Pariconha e Água Branca.

Além dos ilícitos de roubo a bancos, o grupo também é suspeito de envolvimento nos crimes de tráfico de entorpecentes e assassinatos.

Uma grande quantidade de drogas foi apreendida, entretanto, não se sabe o peso exato porque ela ainda será pesada. As autoridades buscam agora um depósito de armas e também tentam encontrar os veículos utilizados nos assaltos.

Todos os presos e o material apreendido serão trazidos para Maceió. Mas não há previsão de hora de chegada porque a operação ainda está em andamento.

Os trabalhos envolvem, além do Gecoc, a Secretaria de Estado da Defesa Social, o Departamento de Polícia Judiciária 1, a Deic, a Companhia de Polícia Militar da Caatinga (Piranhas), o Comando de Policiamento de Área 1, o Cops – Complexo de Operações Especiais da PC de Sergipe e o Núcleo Especial de Repressão e Buscas, também da Polícia Civil do estado vizinho.