O Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) publicou nota de apoio aos membros do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A manifestação de solidariedade repudiou os ataques recentes feitos por advogados de defesa de alguns investigados na Operação Caixa de Pandora contra a honra e a imagem de membros do MPDFT. A referida operação foi realizada em 2009 pela Polícia Federal e contou com o apoio do GNCOC para investigar a suposta distribuição de recursos ilegais à base aliada do governo do Distrito Federal à época.

O GNCOC integra o Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (CNPG). Ele é formado por membros dos Ministérios Públicos estaduais e da União. O Grupo tem papel essencial no combate às organizações criminosas e atua em investigações relevantes, como combate aos crimes tributários, lavagem de dinheiro, tráfico e crimes cibernéticos. É responsável por articular ações em âmbito nacional ou regional visando a uniformização e fortalecimento de ações de combate ao crime organizado.

Confira a íntegra da nota de apoio do GNCOC

“O Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas – GNCOC, composto pelos Membros dos Ministérios Públicos de todo o país designados para promoverem ações de combate à criminalidade organizada, reunidos em sessão plenária na cidade de São Paulo, vem a público, em razão dos recentes ataques contra a honra e a imagem dos combativos integrantes do GAECO do MPDFT, proferidos por parte dos advogados de defesa de alguns investigados na Operação Caixa de Pandora, repudiar tal postura e reafirmar total apoio e irrestrita confiança aos valorosos colegas que com afinco atuam no combate à corrupção e em prol da Sociedade”, diz a nota.

“Reitero o que diz a nota do GNCOC. O MPDFT participou ativamente das investigações que desbarataram aquela organização criminosa que atuava dentro do governo do Distrito Federal, tendo agido, sem sombra de dúvidas, sem medo e no enfrentamento aos poderes político e econômico. Inclusive, tal apuração culminou com a prisão do ex-governador José Roberto Arruda, denunciado pelo MP pelo cometimento dos crimes de falsidade ideológica e tentativa de comprar testemunha das investigações da operação Caixa de Pandora. É por isso que ele seus advogados não gostam do Ministério Público. No entanto, para nós, o mais importante não é o incômodo que causamos a esses poderosos e, sim, o estrito cumprimento do dever legal que cabe aos promotores e procuradores de Justiça”, destacou Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, coordenador do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas do MPE de Alagoas.